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Cão D'água Português

APARÊNCIA GERAL: Cão de proporções médias, tipo bracóide, de contorno com tendências retilíneas à ligeiramente convexas. Formato harmonioso, balanceado; robusto e bem musculoso. Notável desenvolvimento muscular devido à constante prática da natação.
 

Personalidade: Inteligente, alegre e altivo.
 

Nível de energia: Moderadamente ativo.
 

Bom com crianças: Sim.

 

Bom com outros cães: Com supervisão.

 

Grooming: Sazonal.

 

Expectativa de vida: 13-16 anos.

Nível de latido: Late quando necessário.

  • RESUMO HISTÓRICO 

Em épocas remotas o Cão d’Água existiu em todo o litoral português. Hoje, devido às contínuas modificações nos sistemas de pesca utilizados, a raça encontra-se, principalmente, na província de Algarve, região essa, atualmente considerada o seu local de origem. A sua presença nas costas Portuguesas deve remontar a épocas muito distantes, devendo o Cão d’Água Português ser considerado como uma raça do país.

País de Origem: Portugal.

COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO: Um cão de excepcional inteligência, compreende e obedece facilmente com alegria a todas as ordens do seu dono. Cão de temperamento ardente, voluntarioso e altivo, sóbrio e resistente à fadiga. Tem a expressão dura e um olhar penetrante e atento. Possui grande poder visual e apreciável sensibilidade olfativa. Nadador e mergulhador exímio e resistente, é o companheiro inseparável do pescador, a quem presta inúmeros serviços, não só pescando, mas também guardando e defendendo seu barco e propriedade. Durante o trabalho da pesca, atira-se voluntariamente ao mar para recuperar os peixes que escaparam, mergulhando se necessário, e procedendo da mesma maneira se uma rede se rompe ou algum cabo se solta. É também utilizado como agente de ligação entre os barcos e a terra firme e vice-versa, mesmo quando a grandes distâncias.

CABEÇA: Bem proporcionada, forte e larga. Eixos crânio-focinho paralelos.

  • REGIÃO CRANIANA 
     

Crânio: Visto de perfil, o seu comprimento é ligeiramente mais longo que o do focinho (4:3). A sua curvatura é mais acentuada posteriormente e a crista occipital é pronunciada. Visto de frente, os parietais têm a forma abobadada, com leve depressão central; a fronte é ligeiramente escavada, o sulco frontal prolonga-se até dois terços dos parietais e as arcadas superciliares são proeminentes

 

Stop: Bem definido e situado um pouco atrás dos cantos internos dos olhos.

 

  • REGIÃO FACIAL

 

Trufa: Larga, com narinas bem abertas e pigmentadas. De cor preta nos exemplares de pelagem preta, branca e suas combinações. Nos castanhos, a cor segue a tonalidade da pelagem. Nunca deve ser cor de carne.

 

Focinho: Reto, mais largo na base que na extremidade.

 

Lábios: Grossos, especialmente na frente. Comissura não aparente. Mucosa bucal (céu da boca, debaixo da língua e gengivas) acentuadamente pigmentada de preto em cães com pelagem preta e intensamente marrom em cães marrons.

 

Maxilares e Dentes: Maxilares fortes, dentes saudáveis, não aparentes quando a boca está fechada. Caninos fortes e desenvolvidos. Mordedura em tesoura ou torquês.

 

Olhos: Tamanho médio; perceptíveis e com formato arredondado; bem afastados e levemente oblíquos. A coloração da íris é preta ou castanha e as pálpebras são finas e orladas de preto; marrons em cães marrons. Conjuntiva não aparente.

 

Orelhas: Inserção acima da linha dos olhos, colocadas contra a cabeça, levemente levantadas para trás e cordiformes. Textura fina, com as suas extremidades nunca ultrapassando a garganta.

 

PESCOÇO: Reto, curto, arredondado, musculoso, bem inserido e portado alto; conectando-se ao tronco em harmoniosa transição. Sem colar, nem barbela.

 

  • TRONCO

 

Linha superior: Reta, nivelada.

 

Cernelha: Larga e não proeminente.

 

Dorso: Reto, curto, largo e bem musculoso.

 

Lombo: Curto e bem unido à garupa. 

 

Garupa: Bem proporcionada, levemente inclinada, com extremidades ósseas simétricas e pouco aparentes;

 

Peito: Largo e profundo. O seu bordo inferior deve tocar o plano do cotovelo. As costelas são compridas e regularmente oblíquas, proporcionando grande capacidade respiratória.

 

Linha inferior e ventre: Reduzido volume e elegante.

 

CAUDA: Inteira, de inserção mediana, grossa na raiz e afinando para a ponta. Inserção média. O seu comprimento não deve ultrapassar o jarrete. Quando o cão está atento, enrola-se em anel, não ultrapassando a linha média do lombo. A cauda é de grande utilidade quando nadando e mergulhando.

  • MEMBROS

 

ANTERIORES: Fortes e retos. Verticais. Metacarpos levemente inclinados são admissíveis.

 

Ombros: Bem inclinados de perfil e transversalmente. Forte desenvolvimento muscular.

 

Braços: Fortes e de comprimento médio. Paralelos à linha média do corpo.

 

Antebraços: Compridos e fortemente musculosos.

 

Carpos: Ossos fortes, mais largos quando vistos de frente que de perfil.

 

Metacarpos: Longos e fortes.

 

Patas: Arredondadas e planas, com dedos ligeiramente arqueados, de comprimento médio. A membrana digital, que acompanha o dedo em todo o seu comprimento, é constituída por tecidos flácidos e guarnecida por abundante e comprida pelagem. As unhas pretas são as preferidas, mas, de acordo com a cor da pelagem, também são admitidas as brancas, listradas ou castanhas. Unhas não devem tocar o solo. Almofada plantar central dura, já as demais, naturalmente espessas.

POSTERIORES: Retos e bem musculosos. Jarretes levemente inclinados são admissíveis.

 

Nádega: Forte e bem arredondada. 

 

Coxas: Fortes e de comprimento mediano. Muito bem musculosas. Articulação do joelho não virada nem para dentro, nem para fora.

 

Pernas: Compridas e muito bem musculosas. Não viradas nem para dentro, nem para fora. Bem inclinadas no sentido antero-posterior. Todos os tendões e ligamentos são fortes.

 

Tarsos: Fortes. Metatarsos: Compridos. Sem ergôs.

 

Patas: Idênticas às patas anteriores em todos os aspectos.

 

  • MOVIMENTAÇÃO: Movimento suave, com passos curtos quando caminhando; trote ágil e cadenciado; galope enérgico.

 

PELE: Grossa, elástica; não muito justa; membranas mucosas internas e externas preferivelmente pigmentadas.

 

PELAGEM

 

Pelo: Todo o corpo se encontra abundantemente revestido de pelos resistentes, sem subpelo. Há duas variedades de pelos: uma longa e ondulada e outra mais curta e encaracolada. A primeira é ligeiramente lanosa e brilhante; a última é densa, sem brilho e forma cachos cilíndricos compactos. Com exceção das axilas e virilhas, os pelos distribuem-se por igual em todo o corpo. Na cabeça tomam o aspecto de tufos, na pelagem ondulada, e encaracolada na outra variedade. O pelo das orelhas é mais longo na variedade de pelo longo e ondulado.

 

COR: A pelagem é preta ou marrom em suas várias tonalidades, ou branco sólido. Em pelagens pretas ou marrons, o branco é aceito nos seguintes locais: focinho, topete, pescoço, antepeito, abdômen, ponta da cauda e parte inferior dos membros, abaixo dos cotovelos e jarretes. A pelagem branca deve existir sem albinismo, consequentemente, a trufa, as bordas palpebrais e o interior da boca devem ser pigmentadas de preto, ou de marrom em cães marrons. É característica nesta raça a tosa parcial da pelagem, quando esta se torna muito comprida. A metade posterior do corpo, o focinho e parte da cauda são tosados, deixando-se um tufo de volumosos pelos longos na sua ponta. 

 

TAMANHO: Altura na cernelha: Machos: 50 - 57cm. Altura ideal 54 cm. Fêmeas: 43 - 52cm. Altura ideal 46 cm.

 

PESO: Machos: 19 - 25 kg Fêmeas: 16 - 22 kg 


 

  • FALTAS 

Qualquer desvio em relação a este padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e seus efeitos na saúde e bem estar do cão. 

FALTAS DESQUALIFICANTES

 

• Agressividade ou timidez excessiva.

• Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

• Cães atípicos.

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