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Podengo Crioulo

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  • RESUMO HISTÓRICO 


Proveniente da fusão entre cães indígenas nativos e Podengos Portugueses e Africanos, ocorre em todo o Brasil, sendo tradicionalmente usado para a caça, pastoreio e guarda. Recebe outras denominações regionais tais como: Orelhudo, Coelheiro, Pé Duro, Aracambé e Podengo Brasileiro. A variedade miniatura também é chamada de Paqueiro ou Terrier de Minas.
 

País de Origem: Brasil.

1. VARIEDADE STANDARD

 

APARÊNCIA GERAL: Cão de perfil quadrado, corpulência mediana e musculatura bem desenvolvida, com ossatura forte sem ser pesada. Temperamento calmo e sério porém dotado de grande energia e animação quando em atividade, sendo capaz de desempenhar múltiplas funções com grande destreza e inteligência. Muito rústico e resistente a doenças e parasitas.

 

CABEÇA: Forte e descarnada, triangular quando vista de cima, com uma base mais larga e focinho afilado.

 

  • REGIÃO FACIAL
     

Trufa: Escura, preta ou fígado, de bom tamanho e com a ponta proeminente. Narinas largas.
 

Focinho: Comprimento inferior ao crânio, mais estreito que o arco zigomático e afilado em direção à ponta. Linha superior reta.
 

Lábios: Firmes e aderidos, sem sobras, borda superior e inferior bem ajustadas.
 

Maxilar e dentes: Fortes, com musculatura maxilar pronunciada, porém não excessivamente saliente. Mordedura em tesoura com dentes grandes e sólidos.
 

  • REGIÃO CRANIANA:
     

Stop: Suave, formado pela curvatura das arcadas superciliares salientes.
 

Crânio: De perfil reto, em forma de tronco de pirâmide quadrangular. Arcadas superciliares salientes e sulco frontal visível. Espaço craniano interauricular plano, com occipital ligeiramente protuberante.

 

Olhos: Amendoados, de expressão vivaz e alerta, pouco salientes e com pálpebras bem aderidas. Pupilas marrons, dando-se preferência aos tons mais escuros. Pálpebras fortemente pigmentadas, sendo característica constantemente observada a  presença de um risco escuro partindo do canto dos olhos em direção ao maxilar (olho de Hórus).

 

Orelhas: Grandes e eretas, de inserção e porte oblíquo, dotadas de grande mobilidade e direcionadas para a frente quando em atenção. Largas na base e de comprimento maior que a largura, de formato ogival e pontas ligeiramente arredondadas.
 

PESCOÇO: Seco, sem barbelas, comprido e bem musculoso, flexível e proporcional, com curvatura harmoniosa do tronco à cabeça.
 

  • TRONCO

Linha superior reta ou com ligeiro arqueamento formado pela musculatura bem desenvolvida. Linha inferior suavemente ascendente.

Antepeito: Pouco saliente, com musculatura sólida, porém pouco aparente; não muito largo.

 

Peito: Com boa profundidade, chegando próximo ou no nível dos cotovelos, com largura mediana e de bom comprimento, com amplo espaço para os pulmões.

Costelas: Compridas e pouco arqueadas, conferindo boa profundidade ao peito.

 

Dorso: Reto ou levemente mergulhante, comprido e com omoplatas fortes.

 

Lombo: Curto e reto ou ligeiramente arqueado pela curva da musculatura, sendo esta sempre bem desenvolvida, com conseqüente boa largura.
 

Ventre e Flancos: Mais estreitos que a região toráxica sem ser esgalgado.

 

Garupa: Angulação mediana, bem musculada e com bom comprimento e largura.
 

CAUDA: Inserção mediana, alcançando os curvilhões quando em repouso, mais grossa na base e terminando em ponta, portada mais alta que o corpo quando em atividade, com curvatura mais ou menos acentuada, porém nunca enroscada ou enrolada.

MEMBROS ANTERIORES: Aprumos corretos e boa musculatura. Ossos fortes, porém não volumosos.

 

Ombros: De bom comprimento e inclinação, com angulação mediana e musculatura forte e rija porém pouco saliente.

 

Antebraço: Comprido, forte e reto.

 

Carpo: Descarnado porém sólido, sem ser volumoso.

 

Metacarpo: Curto e sólido, ligeiramente oblíquo.
 

Patas: Oval, com dedos bem unidos e arqueados, forte e sólida, com almofadas plantares bem pigmentadas e de pele grossa e resistente, unhas fortes e arqueadas, preferencialmente escuras.

MEMBROS POSTERIORES: Paralelos e bem aprumados quando olhados por trás, dotados de musculatura bem delineada, forte e seca.

 

Coxas: Boa largura e comprimento, com curvatura harmoniosa até os joelhos e musculatura fortemente desenvolvida sem ser pesada ou excessivamente saliente.
 

Pernas: Angulação mediana e bom comprimento com musculatura seca e bem desenvolvida. Tendões fortes e rijos.

Metatarso: Curto e sólido, podendo haver presença de ergos, ou quinto dedo, característicos de algumas linhagens.
 

Patas: Ovalada, com dedos bem arqueados e unidos, unhas fortes e preferencialmente pigmentadas. Almofadas plantares escuras com pele grossa e resistente.

MOVIMENTAÇÃOMovimentação desimpedida e vigorosa, de bom alcance, com as patas tendendo ao centro de gravidade do deslocamento sem interferir com a movimentação umas das outras.

PELAGEM

Pele: Tensa, sem pregas ou barbelas. Mucosas preferencialmente bem pigmentadas.

Pelo: Se apresenta em três variedades
 

1. Curto: não deve ser excessivamente curto (pelo de rato), devendo formar franjados curtos  porém definíveis na parte posterior das coxas  e na linha média do pescoço, com cauda em escova.
 

2. Duro: pelo de comprimento médio inclusive no focinho, reto e áspero ao toque, com ausência de subpelo.
 

3. Longo: pelo de comprimento médio exceto no focinho, sedoso e ondulado, com presença de subpelo.
 

COR: Fulvo, do claro ao escuro, tigrado, preto, preto-e-fogo, cinza, branco, tricolor, malhado em todas as cores descritas.

 

ALTURA: De 40 a 57 cm.

 

PESO:  13 a 25 Kg.

  •  VARIEDADE MINIATURA:
     

 A variedade miniatura do Podengo Crioulo segue as mesmas características do padrão descrito acima, exceto pelas seguintes especificações:
 

TEMPERAMENTO: Mais ativo e excitável que o Standard, demonstrando, no entanto, a mesma característica de reserva para com estranhos, além de grande adestrabilidade e capacidade de trabalho.

 

CABEÇA: Crânio um pouco mais abaulado que no Podengo Crioulo Standard, com olhos mais arredondados e arcadas  superciliares  mais salientes, porém não exageradas. Devido a estas características, a chanfradura nasal (stop) é um pouco mais pronunciada que nos Standard.

ALTURA: De 25 a 37 cm

 

PESO: De 4 a 8 Kg

  •  FALTAS
     

Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e seus efeitos na saúde e bem estar do cão. 

  •  FALTAS GRAVES

• Qualquer desproporção, característica exagerada que possa interferir com a atividade física ou habilidade para o trabalho.

• Pescoço: Excessivamente maciço ou troncudo.

• Tronco: Linha superior excessivamente arqueada ou lombo selado.

• Ventre: Excessivamente esgalgado ou mais baixo que o peito (barrigudo).

• Garupa: Excessivamente inclinada, reta ou estreita.

• Cauda: Enrolada ou enroscada

 

  • FALTAS DESQUALIFICANTES
     

• Aparência Geral: Sinais claros de mestiçagem com outras raças

• Trufa e/ou Pálpebras: Despigmentadas

• Maxilares e dentes: Prognatismo ou enogmatismo. Falta de dentes ou má implantação destes.

• Olhos: Azuis ou de cores diferentes um do outro.

• Orelhas: Não eretas.
• Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou comportamental deve ser desqualificado

  • NOTAS

 

• Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.

• Somente os cães clinicamente e funcionalmente saudáveis e com conformação típica da raça deveriam ser usados para a reprodução.

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